segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL PARA TODOS




ORIGENS DO NATAL

A celebração do Natal antecede o cristianismo em cerca de 2000 anos. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande crise.
Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra.
O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era realizado para ajudar Marduk em sua batalha.A tradição dizia que o rei devia morrer no fim do ano para, ao lado de Marduk, ajudá-lo em sua luta. Para poupar o rei, um criminoso era vestido com suas roupas e tratado com todos os privilégios do monarca, sendo morto e levando todos os pecados do povo consigo. Assim, a ordem era reestabelecida.
Um ritual semelhante era realizado pelos persas e babilónios. Chamado de Sacae, a versão também contava com escravos a tomar o lugar de seus mestres.

A Mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como os gregos, que englobaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, através da Grécia, o costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia (em homenagem a Saturno).
A festa começava no dia 17 de Dezembro e ia até o 1º de Janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar a crescer e trazer vida às coisas da Terra.

Durante a data, que acabou conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava, eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos e árvores verdes - ornamentadas com galhos de loureiros e iluminadas por muitas velas - enfeitavam as salas para espantar os maus espíritos da escuridão. Os mesmos objectos eram usados para presentear uns aos outros.

Apenas após a cristianização do Império Romano, o 25 de Dezembro passou a ser a celebração do nascimento de Cristo. Conta a Bíblia que um anjo, ao visitar Maria, disse que ela daria a luz ao filho de Deus e que seu nome seria Jesus. Quando Maria estava prestes a ter o bebé, o casal viajou de Nazaré, onde viviam, para Belém a fim de realizar um alistamento solicitado pelo imperador, chegando à cidade na noite de Natal. Como não encontraram nenhum lugar com vagas para passar a noite, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado numa manjedoura (objecto usado para alimentar os animais).
Pastores que estavam com seus rebanhos próximo ao local foram avisados por um anjo e visitaram o bebé. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia encontraram também o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso, voltando depois para os seus reinos e espalhando a notícia de que havia nascido o fiho de Deus.

A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal como conhecemos hoje foi celebrado no ano 336 d.C.. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados.

ÁRVORE DE NATAL
A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o terceiro milénio A.C.. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que se estavam a expandir pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto.
O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que tinha fugido.
A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e as suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha , Portugal e na maioria da América Latina.

PAI NATAL
Quem nunca acreditou no Pai Natal? Um velhinho com roupas vermelhas, barba branca, cinto e botas pretos e que passa de casa em casa para deixar presentes às famílias.
De geração em geração, a lenda do Santa Claus ganha mais realidade no mês de Dezembro, quando o mundo celebra o nascimento de Jesus Cristo. Será que ele existe? Será lenda? Bem, isso depende de cada um.
Mas diz a história que o bom velhinho foi inspirado na figura de um bispo que de facto existiu.São Nicolau nasceu no século 3, em Patras, na Grécia. Quando seus pais morreram, ele doou todos os seus bens e optou pela vida religiosa. Com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote e logo tornou-se arcebispo de Mira. Dizia-se que na cidade em que ele nasceu viviam três irmãs que não se podiam casar por não ter dinheiro para o dote. O pai das meninas resolveu, então, vendê-las conforme fossem atingindo a idade adulta. Quando a primeira ia ser vendida, Nicolau soube do que estava acontecendo e, em segredo, jogou através da janela uma bolsa cheia de moedas de ouro, que foi cair numa meia posta para secar na chaminé. A mesma coisa aconteceu quando chegou a vez da segunda.
O pai, afim de descobrir o que estavaa acontecer, permaneceu a espiar a noite toda. Então ele reconheceu Nicolau, e pregou sua generosidade ao mundo inteiro. A fama de generoso do bom velhinho, que foi considerado santo pela Igreja Católica, transcendeu a sua região, e as pessoas começaram a atribuir lhe todo o tipo de milagres e lendas.
Em meados do século 13, a comemoração do dia de São Nicolau passou da primavera para o dia 6 de Dezembro, e a sua figura foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado num burro.
Na época da Contra-reforma, a Igreja católica propôs que São Nicolau passasse a entregar os presentes no dia 25 de Dezembro, tal como fazia o Menino Jesus, segundo a tradição destes tempos e que ainda hoje continua em alguns locais.
Os holandeses, no século 17, levaram para os Estados Unidos a tradição de presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau - a quem eles chamavam Sinter Klaas. Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus - nome que o Pai Natal recebeu nos Estados Unidos - foram dois escritores de Nova York. O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que São Nicolau já não usava a vestimenta de bispo, transformando-o num personagem bonachão e bondoso, que montava um cavalo voador e jogava presentes pelas chaminés.
Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving tinha criado para a personagem, trocando o cavalo branco por renas que puxavam um trenó.
Ao longo do século 19, Santa Claus foi representado de muitas maneiras. Ele teve diferentes tamanhos, vestimentas e expressões, desde um gnomo jovial até um homem maduro de aspecto severo.
Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende.
Pouco a pouco ele começa a ficar mais alto e barrigudo, ganhar barba e bigode brancos e a aparecer no Pólo Norte.O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial.
Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo. Sundblom inspirou-se num vendedor aposentado e assim nasceu - de uma propaganda da Coca-Cola! - o Pai Natal que a gente hoje conhece.

Sem comentários: