quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A lenda dos Nove Desconhecidos

A tradição dos Nove Desconhecidos remonta à época do imperador Asoka, que governou as Índias a partir do ano 273 a.C. que era neto do Chandragunta, primeiro unificador da Índia.


Cheio de ambição como o seu antepassado, cuja tarefa quis completar, empreendeu a conquista de Kalinga, que se estendia desde a actual Calcutá até Madras. Os "kalinganeses" resistiram e perderam cem mil homens na batalha. O espectáculo dessa multidão massacrada transtornou Asoka.
Ficou, para todo o sempre, com horror à guerra. Renunciou a prosseguir na integração dos países insubmissos, declarando que a verdadeira conquista consiste em captar a estima dos homens pela lei do dever e da piedade, pois a Majestade Sagrada deseja que todos os seres animados usufruam de segurança, liberdade, paz e felicidade.


Convertido ao budismo e devido à sua maneira de agir, Asoka espalhou esta religião através das Índias e do seu império, que ia até à Malásia, Ceilão e Indonésia. Depois o budismo chegou ao Nepal, Tibete, China e Mongólia.


No entanto, Asoka respeitava todas as seitas religiosas. Aconselhava os homens a serem vegetarianos, aboliu o álcool e o sacrifício de animais.
H. G. Wells, no seu sumário da história universal, escreve: "Entre as dezenas de milhares de nomes de monarcas que se amontoam nos pilares da história, o de Asoka brilha quase isolado, como uma estrela".

Diz-se que, consciente dos horrores da guerra, o imperador Asoka quis proibir para sempre aos homens que utilizassem a inteligência de uma forma prejudicial.


Sob o seu reinado, a ciência da natureza passou a ser secreta, tanto passada como futura.

As pesquisas, indo da estrutura da matéria às técnicas de psicologia colectiva, esconder-se-ão, dali em diante e durante vinte e dois séculos, atrás do rosto místico de um povo que o mundo julga apenas preocupado com o êxtase e o sobrenatural.


Asoka fundou a mais poderosa sociedade secreta do Universo: a dos Nove Desconhecidos.
Continua a dizer-se que alguns dos grandes responsáveis pelo destino da Índia - e sábios como Bose e Ram acreditavam na existência dos Nove Desconhecidos - deles recebiam conselhos e mensagens.


Com alguma imaginação, é possível avaliar-se a importância dos segredos que poderiam guardar nove homens beneficiando directamente das experiências, dos trabalhos, dos documentos acumulados durante mais de duas dezenas de séculos.

  • Quais os objectivos que esses homens têm em vista? Não deixar cair em mãos profanas os meios de destruição.


  • Prosseguir as investigações benéficas para a humanidade. Esses
    homens seriam renovados por cooptação a fim de defender os
    segredos técnicos de um passado longínquo.

  • São raras as manifestações exteriores dos Nove Desconhecidos.
    Uma delas está ligada ao prodigioso destino de um dos homens mais misteriosos do Ocidente: o papa Silvestre II, conhecido sob o nome de Gerbert d'Aurillac. Nascido em Auvergne no ano 920, falecido em 1003.

Gerbert foi monge beneditino, professor da universidade de Reims, arcebispo de Ravena e papa por mercê do imperador Otão III. Teria passado algum tempo em Espanha, depois, uma misteriosa viagem tê-lo-ia levado até às Índias, onde captara diversos conhecimentos que causaram assombro no seu séquito.


Também possuía, no seu palácio, uma cabeça de bronze que respondia SIM ou NÃO às perguntas que ele lhe fazia sobre a política e a situação geral da cristandade.


Na opinião de Silvestre II (volume CXXXIX da Patrologia Latina, de Migne), esse processo era muito simples e correspondia ao cálculo feito com dois números. Tratar-se-ia de um autómato análogo às nossas modernas máquinas binárias.

Essa cabeça "mágica" foi destruída quando da sua morte, e os conhecimentos trazidos por ele cuidadosamente escondidos.


A biblioteca do Vaticano proporcionaria sem dúvida algumas surpresas ao investigador autorizado.

O número de Outubro de 1954 de Computers and Automation, revista de cibernética, declara: "Temos de imaginar um homem de um saber extraordinário, de uma destreza e de uma habilidade mecânica fora do comum.

Essa cabeça falante teria sido feita "sob determinada conjunção das estrelas que se dá exactamente no momento em que todos os planetas
estão prestes a iniciar o seu percurso". Não se tratava nem de passado, nem de presente, nem de futuro, pois aparentemente essa invenção ultrapassava de longe a importância da sua rival: o perverso "espelho sobre a parede" da rainha, precursor dos nossos modernos cérebros automáticos.

Houve quem dissesse, evidentemente, que Gerbert apenas foi capaz de construir semelhante máquina porque mantinha relações com o Diabo e lhe jurara eterna fidelidade".


Teriam outros europeus estado em contacto com essa sociedade dos Nove Desconhecidos? Foi preciso esperar pelo século xIx para que reaparecesse este mistério, através dos livros do escritor
francês Jacolliot.

(in Despertar dos mágicos)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O guardião do mosteiro



Olá, para começar o ano decidi, colocar como post "o guardião do mosteiro", recebido da minha amiga São, pois a mensagem nele contida parece-me muito inspiradora para um começo de ano em que é muito comum criar planos e expectativas para o futuro com novas atitudes, novas posturas, novo trabalho, novos projetos, nova dieta, mais qualidade de vida, etc. Porém, na maioria das vezes, estes não se cumprem. Por isso, a história de hoje serve como uma mensagem de inicio de ano. Com ela, espero incentivar todos a construir um 2010 mais próspero e feliz.


Certo dia, num mosteiro Zen, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O mestre (monge superior) convocou, então, todos os discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela.


O mestre, com muita tranquilidade, falou:
- Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar.


Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, que pertenceu a vários patriarcas anteriores. Uma jóia valiosa. Colocou ainda dentro do vaso uma flor de extraordinária beleza aenfeitá-lo.



E disse apenas:
-Aqui está o problema!


Todos ficaram olhando a cena:

O vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro!

O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?


Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala onde estava o vaso e com um só golpe destruiu tudo.


Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
Você é o novo Guardião.

Não importa que o problema seja algo que você considere belo e valioso. Se causar danos, se for um problema, precisa ser eliminado.

Um problema é um problema, mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.

Por mais lindo que seja ou tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, deve ser suprimido.


Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam espaço. Ocupam um lugar indispensável para criar a vida.

Há um ditado que diz:
Para você beber vinho numa taça cheia de chá, é necessário primeiro jogar fora o chá para, então, beber o vinho.


Ou seja, para aprender o novo, é essencial estar com a mente limpa, desocupada para receber novos conceitos.

Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários até chegar aos sentimentos do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço na sua mente. Vai ficar mais fácil ser feliz.

(autor desconhecido)