sábado, 29 de novembro de 2008

Ringkobing (Dinamarca): a cidade onde as pessoas são mais felizes

De acordo com um estudo feito pela Universidade de Cambridge, é numa pequena cidade de 10 000 habitantes situada na Dinamarca, de seu nome Ringkobing, que a vida seria mais agradável e as pessoas mais felizes (likkelig in Ringkobing).

A pequena cidade costeira situa-se à beira de um fjord (grande lago com abertura sobre o mar), tem um pequeno porto e as suas casas são de tijoleira vermelha com grandes janelas ornamentadas de velas e decorações, pequenos jardins muito bem cuidados, ruas pavimentadas e uma Igreja do sec.XVII. Quando anoitece (por volta das 17h), centenas de chamas brilharam em todas as pequenas casas, mostrando perspectivas dos seus interiores , dando a impressão de um natal permanente.

A natureza circundante é bela e selvagem. No porto centenas de pintores e escultores dão um colorido e um ambiente particular à vida social que está muito ligada à arte.

Quase todas as pessoas se conhecem, falam-se na rua e convidam-se mutuamente entre vizinhos, seja para tomar café, chá e mesmo para jantar, por isso ninguém se sente só.

Por outro lado, não há problemas sociais, não há crime, não há poluição, uma vez que não há grandes indústrias – a metalurgia, a construção civil e a energia eólica, providenciam os empregos para as pessoas.

De acordo com o sociólogo dinamarquês Peter Gundelach sobre a performance dos dinamarqueses (pequeno reino de 5,5 milhões de habitantes), é de que estes têm menos expectativas que os outros povos, portanto nunca apanham grandes desilusões. Para esta atitude filosófica terá contribuído a derrota militar de 1864, infligida pela Confederação Germânica e que obrigou o reino a ceder 1/3 do seu território.

A partir daí os dinamarqueses habituaram-se à ideia de ser um pequeno país afastado, que devia levar a vida não em função de expectativas que podem sair frustradas, mas com os pés assentes na terra, vivendo a vida da forma que esta se apresenta, tentando a cada dia aproveitar o máximo.

Então por que não fazermos o mesmo em Portugal?

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