O Embondeiro é considerado uma árvore sagrada, inspirando poesias, ritos e lendas.
Segundo uma antiga lenda africana, por exemplo, uma vez que um morto seja sepultado dentro de um embondeiro, a sua alma irá viver enquanto a planta existir.
Também se diz que a alma dos mortos se pendura nos seus ramos.
Curiosamente, essa árvore tem uma vida muito longa, podendo chegar até seis mil anos.
Só a sequóia e o cedro japonês podem competir com o embondeiro, em longevidade .
Cabe salientar que esta planta foi amplamente divulgada no século XX, através da obra O Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Éxupery.
O seu nome científico é Adansonia Digitata, mas
é também conhecida como Baobá Africano.
O embondeiro possui um tronco muito espesso na
base, chegando a atingir até nove metros de diâmetro.
O seu tronco vai-se estreitando em forma de cone
e apresenta grandes protuberâncias.
As folhas brotam entre os meses de Julho e
Janeiro.
Em geral, o imbondeiro floresce durante uma
única noite, apenas, no período de Maio a Agosto.
Durante as poucas horas da abertura das flores,
os consumidores de néctares nocturnos - particularmente os morcegos -,
asseguram a polinização da planta.
Tudo no embondeiro serve para a sobrevivência do
ser humano.
Vale ressaltar que esta árvore também se
constitui em uma fonte preciosa de medicamentos..
As suas folhas são ricas em cálcio, ferro,
proteínas e lípidos, para além de serem usadas como um poderoso anti-diarreico
e para combater febres e inflamações.
Um pó feito de folhas secas vem sendo utilizado
para combater a anemia, o raquitismo, a disenteria, o reumatismo, a asma, e é
usado, ainda, como um tónico.
O seu fruto é denominado Múcua.
A casca do fruto, é utilizada pelas pessoas como
tigelas.
A polpa e a fibra de seus frutos são capazes de
combater a diarreia, a disenteria e o sarampo.
O cerne da fruta combate a febre e inflamações
no tubo digestivo; as sementes estão repletas de óleo vegetal, podendo ser
assadas, moídas e consumidas como uma bebida que pode substituir o café.
Derrubar um embondeiro é um sacrilégio em
Angola.
No que diz respeito à construção e carpintaria,
ele só é utilizado quando não há outro material mais adequado.
A sua madeira serve para a construção de
instrumentos musicais, e o seu cerne dá uma fibra forte usada no fabrico de
cordas e linhas.
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