quinta-feira, 5 de março de 2009

Campo de reeducação para quadros superiores no Japão

Foi fundada em 1979 no Japão uma escola/campo de reeducação para quadros superiores, na província Shizuoka, perto do monte Fuji.

Aí cerca de 4500 engenheiros, bancários e outros quadros reaprendem a corrigir os seus defeitos, para se tornarem mais competentes e mais eficientes. Em grupos de 150 a 200 pessoas , durante treze horas, eles repensam as bases da gestão e da comunicação “ler, escrever, falar, pensar e agir”.

Este campo/escola é uma espécie ao mesmo tempo de espelho e caricatura das empresas japonesas.
Os patrões que pretendam melhorar as performances dos seus funcionários não hesitam em pagar 300 000 yens (2 600 euros) nesta escola/campo.

A finalidade do curso é ser mais eficaz, mais rápido e trabalhar mais para agradar ao seu patrão.

No campo, o telefone, o computador, as revistas e jogos são proibidos. Eles acordam às 5h30, cantam, fazem exercício físico e têm aulas de treino intensivo até à hora de Jantar.


Existe no campo uma disciplina de ferro, tal como no exercito.

Às 22h30 dá-se o recolher obrigatório, em camaratas comuns.
Em regra geral a maioria é masculina, salvo algumas excepções femininas (2% de mulheres) bem à imagem das empresas japonesas.

No final do curso dá-se a cerrimonia da entrega dos diplomas. Em geral cerca de 8 em cada grupo de 150 obtém um diploma, os outros deverão se contentar com um certificado.

Para o fundador do campo Yasuo Motohashi, este tem por função
"restituir às novas gerações a força e a energia dos seus antepassados".


Esta transformação visa tornar os quadros mais aptos a dirigir as empresas, as suas próprias vidas e a melhorar a economia do Japão.

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